Fogo no Fundão sofre agravamento durante a tarde

O incêndio rural que lavra no Fundão sofreu hoje um agravamento ao início da tarde, sobretudo na linha de fogo para Castelo Novo, e a frente de Souto da Casa está descontrolada, disse à Lusa o presidente da câmara.

  • Região
  • Publicado: 2025-08-20 18:26
  • Por: Diário Digital Castelo Branco

“A situação agravou-se muitíssimo ao princípio da tarde e tornou o fogo muito mais grave do que estava durante a manhã”, afirmou Paulo Fernandes.

O autarca, que falava à agência Lusa pelas 16:50, disse que alguns recursos entraram no dispositivo de combate às chamas, sobretudo meios aéreos, que durante a manhã “foram preciosos”.

“Mas, não houve continuidade [desses meios aéreos] ao princípio da tarde, o que dificulta o combate. Quanto a recursos apeados houve algum reforço, mas com o descontrolo das chamas diria que vamos precisar de muitos mais”, sustentou.

Paulo Fernandes informou também que na sequência de contacto com o município de Mafra, distrito de Lisboa, será disponibilizada uma máquina de rasto e está outra a operar no terreno.

“Precisamos de muitos mais recursos”, sublinhou.

Apesar das dificuldades, a frente de fogo próximo da localidade de Açor está controlada.

O presidente da Câmara do Fundão, no distrito de Castelo Branco, mostrou-se muito preocupado com o aumento do risco na serra da Gardunha no seu todo, nas vertentes sul e norte, o que torna a “situação bem mais perigosa”.

Este incêndio, que deflagrou no dia 13 (quarta-feira) em Arganil, distrito de Coimbra, já se estendeu também aos concelhos de Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), Seia (Guarda) e Covilhã e Castelo Branco (Castelo Branco).

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Os fogos provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Segundo os dados provisórios, até 20 de agosto arderam mais de 222 mil hectares no país, ultrapassando a área ardida em todo o ano de 2024.

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