A Aldeia do Xisto de Janeiro de Cima, concelho do Fundão, passa a ter aberto ao público, a partir deste domingo, 3 de Agosto, a Casa da Barca, que integra a rede de Casas e Lugares do Sentir do concelho e vai ter um espaço de ‘cowork’.
Segundo a Câmara do Fundão, no distrito de Castelo Branco, esta estrutura, localizada nas margens do rio Zêzere, é um “espaço de memórias e descoberta”.
“Esta infraestrutura pretende dar a conhecer a vivência da barca e evitar que caia no esquecimento. A barca é memória de um tempo em que diversas aldeias situadas nas margens do rio Zêzere dependiam das barcas para o seu dia a dia”, explicou a autarquia, em comunicado enviado à agência Lusa.
Com a construção de pontes, o meio de transporte de pessoas e bens deixou de ter a mesma importância, mas o rio e a barca “continuam bem presentes na identidade destas populações”.
A inauguração está marcada para as 10:00 e, às 16:30, em Janeiro de Cima, onde existe uma praia fluvial, realiza-se uma prova de perícia com barcas tradicionais no Parque da Lavandeira.
“Numa competição descontraída, barqueiros e barqueiras - amadores ou não - testam a sua destreza em embarcações que, outrora, eram o único meio de ligação entre as duas margens. É um dos símbolos de Janeiro de Cima e revela a forte ligação estabelecida entre a população e o rio”, pormenorizou a Câmara do Fundão.
No mesmo dia realiza-se, às 07:30, o passeio pedestre “Ó da barca!”, com uma extensão de nove quilómetros.
O município do Fundão criou uma rede de Casas e Lugares do Sentir, ecomuseus feitos na comunidade, sobretudo no espaço das aldeias, com uma componente turística, mas também educativa, uma vez que pretende que as crianças, nas atividades extracurriculares, aprendam o saber-fazer local.
Casa da Cereja, Casa das Tecedeiras, Casa do Mel, Casa do Folclore, Casa do Bombo, Casa da Romaria, Casa do Barro, Casas dos Ofícios, Casa das Memórias, Casa da Poesia, Casa do Queijo ou a Casa da Pastorícia são alguns desses espaços, espalhados por todo o concelho.
O Fundão tem, desde fevereiro de 2024, o selo de Cidade da Aprendizagem da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla em inglês).
A Casa da Barca vai acolher um espaço de trabalho partilhado, que permite aos utilizadores acederem através de um cartão com uma palavra-passe, que serve para todos os espaços de ‘cowork’ no Fundão e em outras zonas do país.
Atualmente a rede de espaços de trabalho é composta pelo Cowork A Praça, Cowork Acrópole, Cowork Alpedrinha, Cowork Silvares, Cowork Enxames, Cowork Castelo Novo, Cowork Casa do Guarda – Alcongosta + Cápsula e o Cowork Zebras.
Após a inauguração do Cowork Casa da Barca segue-se a abertura do Cowork do Alcaide.
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