O auditório da Santa Casa da Misericórdia e o Salão Nobre dos Paços do Concelho, em Penamacor, receberam, nos últimos dias 9 e 10 de Maio, a quarta edição das Jornadas de Religiosidade Popular - Cultos e Romarias na Raia Ibérica.
Estas jornadas, organizadas pelo Município de Penamacor, através do Museu Municipal e em parceria com a Universidade de Salamanca, o Instituto de Investigações Antropológicas de Castela e Leão de Salamanca e a Santa Casa da Misericórdia local, contaram, mais uma vez, com a participação de investigadores dos dois lados da raia portuguesa e espanhola e de investigadores ibero-americanos.
Durante esta quarta edição, foram, ainda, apresentadas a terceira edição da Revista de Religiosidade Popular, com 11 artigos sobre o tema e que plasmam o programa da ano transacto, e a obra “Senhora da Póvoa: Um caso de religiosidade de uma comunidade da Raia Portuguesa”.
Sob o mote “Cultos e Romarias na Raia Ibérica”, esta iniciativa pretende estabelecer uma abordagem académica sobre os cultos regionais e locais, bem como ibero-americanos, assim como valorizar os estudos das romarias e manifestações culturais populares neste território, com a finalidade de preservar a memória num ato de salvaguarda do património cultural identitário da região.
Mais que um evento académico pontual, estas jornadas resultam do trabalho e do esforço que tem vindo a ser feito para centrar territórios “descentralizados” nas diversas áreas de estudo e do saber das ciências sociais e humanas. Além de várias apresentações sobre a temática em causa, o programa contou ainda com representações dos cancioneiros populares ligados a Penamacor, a Castelo-Branco e a Santo Antão do Refúgio, em Covilhã. Este ano abriram-se, também, portas para uma nova linha de investigação, com a apresentação de comunicações sobre outras manifestações populares, bastante enraizadas na comunidade local, com particularidades distintas presentes na memória coletiva dos povos locais.
Presente no evento, a Vice-Presidente da Câmara Municipal de Penamacor, Ilídia Cruchinho, explicou que estas jornadas são realizadas desde 2022, numa perspetiva da salvaguarda, valorização, divulgação e registo do conjunto de manifestações religiosas do concelho e da região. “Tem tido um grande sucesso e com uma grande participação dos investigadores”. Referindo-se à Revista de Religiosidade Popular apresentada, lembrou que este é um trabalho do Município e respetivos parceiros que pretende deixar no papel todas as intervenções. “São intervenções de extrema importância e um trabalho notável de todos os investigadores. Estas jornadas garantem uma linha de continuidade da política do Município de dar a voz aos investigadores sobre esta temática”, disse.
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